quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Need to love

Tremes por dentro e não por fora.
Mais uma paragem, uma estação, uma travagem. Entra e sai alguém que não conheces. Nem nunca vais conhecer, talvez por não precisares.
A tua música faz-te sonhar e sentir longe daí. Daí onde estás.
Às vezes as pessoas saem em estações que nem sabias que existiam, outras vezes saem simplesmente e nem te apercebes. Talvez por não precisares.
Aproveitas cada minuto, cada segundo, cada música desse novo álbum que te arranca da tua rotina.
O comboio é longo e a viagem também. Sentes o tempo a passar e as árvores lá fora transformam-se num rasto verde. Não te apercebes de quem te observa, não sabes quem são nem para onde vão.
Só alguns, alguns farão a diferença -talvez por precisares.
O comboio parou outra vez, está quase vazio. Toma atenção para não o deixares esvaziar demais. Agarra esse momento, aquele último olhar, um conselho que ficou numa troca de palavras ou gestos. Guarda tudo, tudo o que te faz bem. São as recordações, o que nos faz valer a pena tremer por dentro e não por fora. E tu tens tantas recordações. Talvez por precisares.
E não te esqueças de sair na tua paragem, na tua estação. Nem da música da tua viagem.

"Come on and rescue me."

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Lost in babylon

Today was one of the most surreal days I ever lived.
Head spinning around, hurtful words I heard, a reality I feel I can barely support. 

Just so lost. And hurt. Again. 

Cheers to that!




segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Butterflies and Hurricanes

Está sol lá fora, mas eu não consigo sentir o calor. 
Estamos aqui há quarenta e oito horas, mas sinto que muito mais tempo vivemos.
A divisão de vidro onde estás começa a partir. Curioso, não foi assim que imaginei toda esta situação. Curioso que não imaginei nada, não de todo.
Não adianta empurrares mais as tuas mãos contra as minhas, o vidro não vai partir-se na minha direção. Mãos com mãos, estamos frente a frente. O suor começa a cair, mas não sinto o calor. Ou será a tristeza de sentir o que nunca terá oportunidade de ser sentido.
Afinal, o vidro...
Cubos transparentes onde teimamos em manter quem queremos por perto. 
Afinal, o vidro... partiu-se.
Estranha forma de o destino nos dizer qual é o caminho. Não vale a pena pensar mais, a vida continua.

Quarenta e oito horas. E sinto como se tivesse sido noutra vida.

"Time, always time."